Essa é a Cris - amiga, mulher, mãe e tendência - idealizadora do blog Hoje Eu Vou Assim. Como quem é amigo tem por obrigação divulgar os amados e as coisas boas realizadas por eles, roubei o episódio um. Então, queridos leitores amigos, segue um pouquinho da história do blog e se quiserem ler mais e se emocionar podem encontrar aqui coisas Para Francisco e acolá muito Amor e Ponto.
"What lies behind us and what lies ahead of us are tiny matters compared to what lives within us." Henry David Thoreau
6.30.2010
6.28.2010
Na cama com D.H. Lawrence
"Yet one thing I do fight for, tooth and nail, all the time.
And that is my bit of inward peace, where I am at one with myself.
And I must say, I am often worsted."
Trecho final do poema What would you fight for? de D.H. Lawrence
The sparrow and the crow
Hoje conheci o William Fitzsimmons. Quem me apresentou foi a Cris Guerra - amiga querida, mãe, mulher e tendência. No nosso dia-a-dia trocamos, emails, músicas e saudades sempre. Desta vez ganhei presente e ele veio com o seguinte texto e bom humor de sempre: "É o William Fitzsimmons, um cara que eu gosto pela delicadeza. As coisas dele são tão tristinhas que, se um dia eu o encontrar, vou perguntar: "E então, melhorou?"
6.27.2010
Descuidado
Será que a felicidade realmente acontece apenas quando temos o controle da situação e competência para satisfazer nossas vontades? Felicidade, então, é meramente uma questão de desejo? Desejar o possível? Na minha praia academia, os utilitaristas colocam o valor ou o objetivo da felicidade para a sociedade como o esforço para que ela garanta “a maior felicidade para o maior número”. Entretanto, a criação de tal felicidade continua a ser uma eternal questão filosófica e cercada de blablablas. Diferentes filósofos propuseram as respostas mais variadas para essa pergunta. Então felicidade é única e só minha, não divido o seu sentir nem seu entendimento? Porém, a única coisa que a maioria das respostas filosóficas - pelos menos aquelas que passaram por mim em letras, conversas e ressacas - parecem ter em comum é o fato de que todas elas são tão vagas ou ambíguas que vocês nós não podemos testá-las na prática. Na medida em que algumas dessas visões utópicas da sociedade ideal ou modo de vida, geralmente, acabam por ser desastrosamente erradas. A minha vida não pode ser generalizada, seria o caos. Seria viver a vida "Being John Malkovich". Então, com um sorriso na cara, neste exato momento fujo de Kaufman e vou para os irmãos Wachowski. Lembro do Agente Smith, em o primeiro Matrix, ao explicar para Neo os insucessos em recriar o mundo virtual ideal ou feliz para os “humanos-baterias” e a instabilidade que disto acontecia. Não podemos ser felizes como um todo. Somos insatisfeitos ou infelizes por natureza? Felicidade então é comparativa e eletiva. Escolho ser feliz em detrimento da sua? Afinidades eletivas. Somos pares ligados por atrações inevitáveis? O interesse nasce do jogo de polaridades, encantamentos e repulsas que se estabelece entre os felizes e infelizes? Oh, Goethe! O meu é maior que o seu? Por que o seu é maior que o meu? De qualquer forma, utilitarista ou não, real ou não, pouco ou muito. Eu sou feliz. Eu estou feliz hoje. Acordei feliz. Aos poucos, descubro que sou feliz e não preciso magoar alguém para isto ocorrer, não preciso ser melhor que o outro, não preciso do outro. Só preciso ser honesto comigo. Defender os meus limites, dizer não ou não dizer nada. Viver, seguir minha rotina e ter certeza que a felicidade não mora ao lado, mora dentro. Acima de tudo, eu sei que posso te fazer feliz porque sou descuidado. A minha certeza é a do Rosa e a "Felicidade se acha é em horinhas de descuido". Vem ser descuidado comigo, vem?
6.26.2010
6.25.2010
Trinta e sete
Tenho trinta e oito anos, faço em breve trinta e nove, e tenho trinta e sete dias para dizer "até logo" para o Brasil. Já comi três pastéis de feira, sete brigadeiros, e muitos cafés. Vou dizendo adeus aos poucos, vou aproveitando os pequenos prazeres. Na tevê, copa do mundo, coração na mão e olhos no campo. Na cabeça, ressaca, botecos, cervejas, amigos e a vinda de amor novo, Estela. No dia, fechar trabalhos, fechar agendas, fechar todas as coisas abertas e dar todos os pingos nos is, marcar as faltas e dar as notas. No futuro, abrir os olhos, abrir as portas, abrir as vontades e sair. Na mala, roupa lavada, passagem comprada, casa arrumada, saudades dobradas. Faltam trinta e sete dias para eu rumar para Estocolmo, trinta e sete dias para voltar para aquilo que chamo casa... trinta e sete dias para voar.
6.24.2010
O presente ...
A melhor montagem, o melhor cenário, o melhor presente. Salomé de Richard Strauss, na versão de McVicar e cenário de Es Devlin é primorosa, densa e escandaliza. Fazia tempo que o grande show não me tocava assim. Obrigado pelo presente Guto Lanfranchi.
6.22.2010
6.15.2010
Quem divulga amigo é ... No.7
Sit-You-Ate. Passando por Bangkok? Não perca a oportunidade de ver a segunda exposição do meu querido amigo Nir Segal no país. Agora para quem não está por lá, sem previsão de ir tão cedo, clique aqui para receber um presente de consolação e escute em seu iPod a dupla nova iorquina Ratatat com Mirando. Um lembrete querido leitor amigo, o presentinho tem validade. Ele fica liberado por 7 dias corridos ou 100 downloads. Enjoy it!
6.10.2010
Palavras roubadas em dobro
"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro ficasse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos,dominicais, cristais e contas por sedex. Talvez ficassem curados ao mesmo tempo. Ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais com os olhos daqui, pelo menos,talvez enlouquecessem de amor e mudassem para a cidade do outro,ou viajassem juntos para Paris.Talvez tudo. Talvez nada.".
Palavras roubadas de Cris Guerra que, por sua vez, roubou de Caio Fernando Abreu. Mais do que palavras, são verdades roubadas.
Now's The Only Time I Know
Contando meus segredos e vivendo a minha vida dividida entre o agora e o querer futuro.
6.02.2010
Clark é quente
Ao levantar, em um canto pequeno do meu ego, algo gritou “Picasso”. Seguindo suas palavras coloquei as mãos dentro da cabeça e tentei – com muito esforço – arrancar meu cérebro e todo qualquer pensamento racional que me afasta dos medianos. Queria clarear qualquer resto de massa cinzenta e ir viver entre eles. Pensar o sentir é um peso que não quero mais. Queria arrancar os miolos e viver apenas com os olhos. Ser moldura neste espaço pictórico que é a vida, me confundir com cores, invadir o outro. Ser moldura e tela, ser obra por completo. Sua obra, meu mundo. Hoje, sou a linha orgânica de Lygia Clark, não sou a pintura fechada nela mesma, sou aquilo que se expande separando o espaço, se reunindo nele e se sustentando como um todo. Hoje levantei sozinho e ainda pairam sobre o cérebro-intacto – aquele não arrancado – palavras vazias. Porém, diferente do ontem, estou expandido e sou mais. Eu sou quente. Na tevê, SARABAND. Nostalgia. Na minha cabeça, o nada. Sou nada e, ao mesmo tempo, muito. Sou para poucos.
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