Acordou, leu, pensou e resolveu ser ilha. Deu bom dia e do seu pedestal - as vezes gaiola - torceu o nariz para a arte da má interpretação alheia. Jurou ser complicado, mas para os seus olhos - com brilhos de menino triste - o mundo e aqueles que nele habitam eram mais. Farto gritou basta. Olhou para baixo, olhou para as mãos. Sentiu que tinha algo ali, resquícios, migalhas, lembranças. Optou pela maré lavar os dedos e deles levar para longe tudo - o pouco - que ali habitava. Arrancou o coração em nome da dor futura. Matou no ninho o hoje. Desligou tudo e foi embora. Na mesa um bilhete: "smack my bitch up darling". N'alma ... ilha.
No continente, para quem ficou deixou cheiros e vontades de agora, sem intervenção do futuro. Na vitrola, sem parar, uma única música. Única. Ilhas. Na cabeça indignação, pois solidão de cu é rola.
Querido leitor amigo para ouvir Islands da minha banda cocota do momento é só clicar aqui e ouvir e viver e sonhar e amar e esquecer o futuro.
Um comentário:
vc é minha ilha deserta de tudo o que não importa.
e solidão de cú é rola sim...admito.
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