4.26.2010

Duplicidade

Duas cidades, duas vontades, duas fomes, um desejo. Poucos meses, muitos anos. A querela: fragilidade versus força, cada qual com suas certezas. A barreira: indecisão versus certeza, cada uma com suas sólidas vontades. Eu, média. Meio de ajuda, meio de saciar, meio do mundo. Da fragilidade tenho medo, pois tenho as mãos de obreiro e acabo por quebrar sempre o que me é mais caro. Da força tenho preguiça, pois tenho asas nos pés e acabo sempre por correr mundos. No final, resta a fome dos amores em pedaços... Dante tem razão, "depois, mais do que a dor, venceu a fome".

3 comentários:

ivana debértolis disse...

no final, resta a injustiça de ter que escolher. cruel. um pedaço aqui, outro acolá. e a gente vai reunindo tudo, tanto que em determinado momento não sabemos mais a ordem das coisas e dos sentimentos. como já disse Guimarães: viver é muito perigoso...

Anônimo disse...

¿Qué soy? Gota de agua desprendida
Del raudal turbulento de la vida.

Rubén Darío

Ju disse...

curta a duração
pois a essência do amor
tem o atributo da extensão "!!!"
sendo assim, a ausência é impossível.
C.Q.D.

aqui tem mais do mesmo

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