"Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco." Eu, de agora em diante, abri mão de peixes e suas profundezas, abri mão de gêmeos com toda a sua dubiedade e de muitos outros. Quero só libra com ascende em escorpião e lua em áries. Me descobri em um fragmento roubado e agora tatuado n'alma de "Memórias de Minhas Putas Tristes", obra escrita por Gabriel García Márquez. Sempre uma surpresa encontrar-se inteiro em pedaços dos outros. Ser o alheio. Porém é com Federico García Lorca que me reinvento, me descrevo e me apresento. "Deixaria neste [blog] livro toda minha alma. Este livro que viu as paisagens comigo e viveu horas santas.Que pena dos livros que nos enchem as mãos de rosas e de estrelas e lentamente passam !"
Hoje estou
louco
Lorca da vida.