Hoje a dor que não é minha chegou. Sozinhos, eu e a dor. Chegou de surpresa. Veio sem cerimônias, chegou e sentou-se ao meu lado. Choramos abraçados, eu com ela. Dançamos. Tentei enxugar as lágrimas, todas delas e não minhas. Cada gota salgada, um sentimento não meu, todos seus. Afogado, segurei a dor pelo braço. Vá descansar dor, velarei seus sonhos e quando sumir sem avisar lembre-se que em mim tem um amigo. Cuidarei de ti.
Um comentário:
Tan sólo mi gemido
pierde el respeto a tu silencio santo;
yo tu quietud molesto con mi llanto
y te desacredito
el nombre de callado, con mi grito.
(Francisco de Quevedo - 1580-1645)
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