Buscava sinais em tudo. Rezas, benções, promessas e penitências. Buscava que alguém lhe desse rumo. Buscava direção ou qualquer desculpa para continuar seguindo. Queria não questionar, queria apenas seguir. Aceitar quem era e o que tinha. Queria não pensar sobre coisas. Nunca pensar sobre o que perdeu e jamais sonhar com futuros impossíveis. Não queria ser responsável por coisas ou pessoas. Suas coisas, alguém que as assumisse. Sua culpa, deixou de ser dele. Passou para alguém. Sua glória, era de outrem. Sua certeza, vazio. Buscava um profeta, uma voz, um guia, uma mentira. Queria qualquer fé que lhe acalmasse o sangue e matasse todas vontades represadas por anos. Leu o horóscopo com a esperança de achar alguma resposta, amarrou os sapatos, colocou a velha mascara e partiu. Desta vez trancou a porta que sempre deixou aberta para o acaso. Trancou junto um leão, para por ele ser devorado dia e noite.
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