Houve um tempo no qual desejei que as pessoas me bastassem. Fossem quem fossem, elas me bastariam com o que podiam ser. Fossem quem fossem, o que delas vinha - pouco ou quase nada - me bastava. Agora vivo em um tempo no qual desejo que as pessoas me batam forte e muito. Cansei da calmaria e do pouco. É para acordar, é para acabar com a inércia e alcançar algo, qualquer coisa. Qualquer dor que não seja essa de não ser. Quero deixar uma vida de migalhas e aprender a merecer o todo. Cansei de esperar, fazer vontades alheias, sonhar para os outros, sofrer do mal de outrem. Tudo isso e muito mais é ser pouco, ter pouco, querer nada. De hoje em diante eu quero tudo e vou ser o todo. Sou senhor do meu destino e nenhum braço forte - que não seja o meu - dita o meu rumo. Sou meu leme e vela. Sou dado as incertezas, inconstâncias e tempestades. Delas sei lidar. Deixei de ser fracionado. Sou inteiro novamente, pois peguei de volta o que lhe dei.
4 comentários:
uau...boa palavras, ótimas decisões. queria ter tbém este ímpeto, pois tudo o que disse aí é o que tbém desejo para mim. só é pena que nem sempre o que gostaríamos de ser ou fazer, condiz com o que temos pro momento. é difícil fazer a cabeça executar o que ela mesma já entendeu. vida estranha.
Difícil é fazer o CORAÇÃO executar o que a cabeça já entendeu... Ale, cada vez mais eu acho que somos (parafraseando a Cilene) 'irmãos siameses'...
é, o coração é que atrapalha realmente. corações estranhos...
"Vem por aqui, dizem me alguns com olhos laços..." (José Régio)
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