Equipado com meu confessionário eletrônico portátil iBook G4 fora de linha corri atrás do tempo durante toda essa semana. Deixei tudo de lado, amigos, família, natação, amores, dores de amor e de coluna. Tudo e todos perderam importância nestes dias por conta do sacrifício acadêmico. Me cerquei de livros, mergulhei em conceitos, dei aula para graduação, terminei o texto da qualificação e, ontem a noite, participei da mesa redonda sobre cadeias sustentáveis de suprimentos na Unicamp até as 10 horas da noite. O debate foi excelente, discussões sobre economia produtiva, manufatura reversa, regulamentação, incentivos fiscais, responsabilidade estendida do produtor, sustentabilidade e feitichismo da mercadoria. Um pouco mais tarde, ao desfazer o nó windsor da gravata escolhida por um palpiteiro de bom gosto , descobri que o segredo de todo sistema social durável - ou seja, que se autoreproduz com sucesso - é transformar seus pré-requisitos funcionais em motivos comportamentais dos agentes envolvidos. Em suma, é fazer os agentes "desejarem" realizar o que é necessário para garantir a autoreprodução do sistema. Eu sei, pare de revirar os olhos querido leitor amigo, reinventei a roda, mas cá entre nós. Vai dizer que não concorda que na sociedade de hoje que vive pelo consumo a luta pela sustentabilidade não precisa de acadêmicos e que estou estou gastando meu tempo, ela precisa é de um grande relações públicas, uma boa campanha de marketing e um ótimo personal stylist. Tô mentindo?
3 comentários:
"O homem, que é o erro em procura da verdade, não pode traçar a divisória entre a verdade e o erro; e por isso, em todo pensador, em todo apóstolo, em todo reformador, em todo heterodoxo, há alguma coisa, que os poderes da terra não têm meios de saber se é humana ou divina." – Rui Barbosa
Cof cof cof :-)
Prefiro a primeira opção, a acadêmica. Juro.
huuuummmmm...ia escrever uma coisa, mas depois desta frase ...me calo :-|
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