2.06.2009

Fui! Preciso me encontrar

Virei adolescente! Sofro por agora com as coisas que o braço forte da vida me apresenta, mas seria um erro grave, contudo, supor que o impulso que me leva à esta exibição pública do meu “eu interior” aqui no Hemlock Diary é a disposição de satisfazer um impulso juvenil de "bem-me-quer/mal-me-quer". Tenho 37 anos sou tiozinho sukita, mas todos os casos e comentários em diferentes seções desde blog e, supostamente, pertecentes aos domínios da minha vida pessoal são cada qual governados por seu próprio conjunto de sentimentos, letras e regras. Contudo, assumo que estão a disposição de satisfazer meu impulso por atenção e nada mais. Assim, não estão aqui para saciar manifestações de um vício geracional e, consequentemente, relacionado apenas aos adolescentes por natureza. Exponho aqui minhas qualidades e escuridão com avidez e entusiasmo na esperança de atrair no mínimo atenção, quem sabe, obter a redenção no jogo da vida. Em suma, utilizo este confessionário eletrônico para gritar para o mundo. Hoje grito que cansei de fingir que estou feliz. Quero vestir meu luto, vou parar de brincar e parar de escrever textos que, por motivos pessoais, foram escritos para se vangloriar e se proteger. Sou uma farsa, um grande engodo. Cansei. Estou tirando a máscara do feliz e mostrando o meu rosto cru. Mostro o Quasímodo que sou. Estou tristo, sinto falta da rotina e de todas as segundas-feiras e poucas outras noites. Sinto falta de cheiros, toques, risadas, hálito e reclamações de um dia-a-dia que não existe mais. Preciso me encontrar, preciso lamber minhas feridas e não posso mais fingir o que realmente não sinto. Não é justo para mim e muito menos para vocês queridos leitores amigos. Desta forma, eu me calo. Fico em silêncio por enquanto e abro o recesso do blog com W. B. Yeats e minha tradução manca dele:

What Was Lost
O Que Se Perdeu

I sing what was lost and dread what was won,
Eu canto o que se perdeu e temo o que se ganhou,
I walk in a battle fought over again,
Passo pela batalha travada vezes sem conta,
My king a lost king, and lost soldiers my men;
O meu rei é um rei desaparecido, e desaparecidos soldados os meus homens;
Feet to the Rising and Setting may run,
Possam os pés correr para o Nascente e para o Poente,
They always beat on the same small stone.
Eles batem sempre na mesma pedra.


4 comentários:

Ju disse...

Bahhhh !!! Leitores amigos que lêem este blog, quero deixar um comentário que eu sempre quis deixar para pessoas famosas e são amigas minhas mas não tinha tido coragem até hoje. Chegou o dia !
(ao som de Viva la Vida e outras como "everybody's changing"..."eye of tiger"):
EU CONHEÇO ESTE CARA !!! E podem acreditar, nesta pisciana de gosto refinado que vos escreve, ele é lindo de cabelo raspado ou quando deixa crescer, muito positivo e faz todo mundo rir, é alto, gataço!! e o melhor !!! super inteligente !!! Inteligente legal, do tipo que ensina fórmulas de química no bar ...huashuahsuhsuah ...
é muito bom te encontrar Alê! E agora, pode crê que eu vou acompanhar assiduamente seu blog.
Beijocas enormes
jU (julijuli sensible)

Lelle disse...

Ô francesa com guelras :-) inteligência é medida pela capacidade de aprender e no meu caso, repito sempre o mesmo erro. :-) Sou Quasímodo!

Anônimo disse...

“a ti mismo eres fecho como estraño, / bives en otre, en ti y eres defundo” (Sá de Miranda)

Anônimo disse...

glup!

aqui tem mais do mesmo

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