1.08.2009

Great expectations

Hoje risco o meu nome Alessandro e me chamo Pip.  Não sou orfão como ele, mas somos ligados. Tanto eu como ele vivemos de grandes esperanças. Ambos, eternos insatisfeitos. Nossa Minha primeira grande esperança surgiu quando o mundo abriu as pernas portas para mim e nelas adentrei. Conheci pessoas, lugares, cheiros, sabores, sons e sensações totalmente novas. Minha segunda grande esperança me fez ser outro. Deixei de ser quem verdadeiramente sou. Escondi minhas verdades, abri mão de mim mesmo. Dei-me todo e não restou nada. Durante a empreitada da vida, me reencontrei. Cresci novo dentro do corpo velho. Porém, velhos hábitos perduram e continuo me doando. Sigo poucas vezes saciado e muitas outras vazio. No peito um buraco que cresce. Preciso de atenção, sucesso, carinho, espaço, respeito, você. A luz de Stella Maris deixou claro para mim a razão pela qual os outros - estes mesmos que nos cercam - aconselham a não criarmos quimeras esperanças. Porém, a razão de as termos é porque almejamos o melhor, mesmo sem saber o que ele seja. Ainda vivo nesta segunda fase e tenho medo da próxima. A terceira e maior de todas as esperanças que é ter expectativas de que o meu fim seja também reescrito, assim como Dickens reescreveu o de Pip. No caso dele, o final foi feliz. O meu, não sei... I just have Great Expectations

4 comentários:

Anônimo disse...

::

Por isso que eu digo: no expectations, ever!´Acho melhor ser surpreendido do que frustrado...
Abração!

::

Anônimo disse...

Ai, que coisa mais...

Anônimo disse...

"Existir não é lógico." – Clarice Lispector (“A hora da estrela”)

Anônimo disse...

“Ése es mi mal. Soñar. [...] Y así voy, ciego y loco, por este mundo amargo” – Rubén Dario

aqui tem mais do mesmo

Blog Widget by LinkWithin